Capitalismo de plataforma

Capitalismo de plataforma (do inglês, "platform capitalism") é o termo usado para designar um conjunto de atores corporativos (as plataformas) que se apresentam como meros intermediários tecnológico-comunicacionais e que articulam uma relação de serviços e negócios entre indivíduos ou instituições[1]. Ou seja, refere-se às plataformas que se apresentam ao mercado como intermediadoras tecnológicas entre dois ou mais indivíduos ou instituições, articulando uma prestação de serviços entre esses "usuários" das plataformas, sem que se coloquem como responsáveis pelas relações comerciais e/ou de trabalho estruturadas por elas.


Algumas plataformas que fazem parte dessa estrutura capitalista de plataforma são, por exemplo:

- Aplicativos de transporte, como Uber, Lift, Cabify, 99 (aplicativo), Lady Driver, entre outros, que intermediam corridas entre quem precisa ser levado de um lugar a outro e motoristas cadastrados no sistema;

- Aplicativos de entrega, como iFood, Rappi, Uber Eats, Loggi, entre outros, que intermediam entregas de produtos entre empresas (lojas, restaurantes, supermercados) e consumidores, por meio dos entregadores cadastrados como fornecedores de serviços para essas plataformas.

- Plataformas de trabalho digital, onde as tarefas são disponibilizadas para os trabalhadores executarem de forma remota e online, como nas plataformas Appen, Amazon Mechanical Turk, Clickworker, Upwork, Fiverr, entre outras. Essas atividades, segundo o pesquisador Rafael Grohmann, surgem especialmente para apoiar a execução de trabalhos supostamente automatizados, quando a Inteligência Artificial e os sistemas não conseguem realizar as atividades sem o auxílio de um ser humano. Em geral, essas atividades podem envolver (mas não se restringir) a análise de imagens, moderação de conteúdo, experimentações ou criação de bases de dados para aprendizagem de máquina.


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